O governo de Israel informou na noite deste domingo (8) — madrugada de segunda (9) no horário local — que a Marinha do país interceptou o barco de ativistas que tentavam chegar à Faixa de Gaza.
Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores, a embarcação Madleen será conduzida em segurança para a costa de Israel e os ativistas serão mandados de volta a seus países.
O barco estava em águas internacionais, ainda distante da costa.
Faziam parte da missão a ativista ambiental sueca Greta Thunberg, mundialmente conhecida, e o brasileiro Thiago Ávila.
Em um vídeo divulgado pela comunicação do grupo, Greta pede que seus seguidores e familiares pressionem o governo sueco a exigir de Israel a sua libertação.
As imagens foram gravadas antes da interceptação. O governo de Israel não informou se os ativistas foram presos.
Mais cedo, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, afirmou que tomaria todas as medidas necessárias para impedir a chegada do barco a Gaza.
Os ativistas saíram do sul da Itália há uma semana com o objetivo de levar comida e medicamentos à população civil de Gaza.
O governo de Israel mantém o território sob cerco total e diz que isso é necessário para impedir que o Hamas receba armas e ajuda externa.
Itamaraty pede libertação do grupo
Em nota divulgada na manhã desta segunda-feira (9), o Ministério das Relações Exteriores diz acompanhar o caso “com atenção” – e pede que Israel liberte os triplantes do Madleen.
Leia a íntegra:
O governo brasileiro acompanha com atenção a interceptação, pela marinha israelense, da embarcação Madleen, que se dirigia à costa palestina para levar itens básicos de ajuda humanitária à Faixa de Gaza e cuja tripulação, composta por 12 ativistas, inclui o cidadão brasileiro Thiago Ávila.
Ao recordar o princípio da liberdade de navegação em águas internacionais, o Brasil insta o governo israelense a libertar os tripulantes detidos.
Sublinha, ademais, a necessidade de que Israel remova imediatamente todas as restrições à entrada de ajuda humanitária em território palestino, de acordo com suas obrigações como potência ocupante.
As Embaixadas na região estão sob alerta para, caso necessário, prestar a assistência consular cabível, em consonância com a Convenção de Viena sobre Relações Consulares.
Por: G1 Mundo