O estado do Acre está entre os poucos do país que começaram a apresentar sinais de estabilização ou queda nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), segundo a atualização do Boletim Infogripe, da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira, 12. A análise se refere à Semana Epidemiológica 23, que abrange o período de 1º a 7 de junho.
Mesmo com a indicação de possível redução, o nível de incidência de hospitalizações por SRAG no estado ainda é considerado elevado, o que mantém o Acre em estado de alerta. A situação é similar à observada no Tocantins, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e no Distrito Federal.
O boletim mostra que, no país, os casos de SRAG quase dobraram em relação ao mesmo período de 2024, com um crescimento de 91% entre as semanas epidemiológicas 19 e 22. A alta atípica tem como principais causas a circulação da influenza A e do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), responsáveis por grande parte das internações, sobretudo entre crianças pequenas e idosos.
Segundo a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz, a vacinação contra a gripe é fundamental para conter o avanço dos casos graves. Ela reforça também a necessidade de cuidados preventivos, como etiqueta respiratória e uso de máscaras em ambientes fechados e unidades de saúde.
Em relação às capitais, 17 das 27 cidades analisadas apresentam nível de atividade de SRAG em alerta ou alto risco, com tendência de crescimento, incluindo grandes centros como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília. Embora Rio Branco não esteja entre as capitais com tendência de aumento, a situação continua sendo monitorada pelas autoridades sanitárias.