A cultura afro-brasileira protagoniza o IV Festival AfroPedagógico que ocorre de 22 a 24 de maio, em Rio Branco (AC). Durante os três dias haverá oficinas, rodas de capoeira e apresentações culturais populares, todas experiências imersivas para participantes norteadas pela valorização de saberes ancestrais da Capoeira, do Jongo e do Samba de Roda Rural.
As atividades terão locais alternados sendo a abertura, na quinta-feira, 22, na sede do Grupo Candeias de Capoeira (bairro Santa Inês), no segundo e parte do terceiro dia, as atividades serão no Ifac-Campus Rio Branco (bairro Xavier Maia) e o encerramento, na noite de sábado, 24, no Theatro Hélio Melo (Centro).
Criado em 2019, o festival surgiu como parte do evento geral do Grupo Candeias, trazendo vivências, batizado e troca de cordas de capoeira em Rio Branco (AC). Em sua segunda edição, realizada em 2023, o evento incluiu o batizado e a troca de cordas dos alunos do projeto de extensão “Capoeira e Folguedos do Ifac”. Já em 2024, a programação focou na prática dos saberes ancestrais, oferecendo oficinas de confecção de berimbaus.
Neste ano, a quarta edição do festival a por uma reestruturação e ganha um novo nome: AfroPedagógico, reforçando sua missão de formação em capoeira e folguedos afro-brasileiros. O evento, realizado em parceria com o Grupo Candeias, recebe pela primeira vez no Acre o capoeirista e divulgador da cultura popular Henry Júnior, conhecido como Contramestre Agulha. Integrante do Grupo Senzala de Capoeira, do Rio de Janeiro (RJ), ele ministrará oficinas, trazendo sua ampla experiência e promovendo imersão nas expressões culturais afro-brasileiras.
O convidado
Contramestre Agulha iniciou sua trajetória na capoeira em 1998, no Rio de Janeiro, e teve importantes mestres que o conduziu como Mestre Zumbi e Mestre Peixinho da Senzala. Em 2005, teve seu primeiro contato com o Samba de Roda Rural, quando a Contramestra Japa e o Mestre Chapéu de Couro compartilharam com seu grupo os conhecimentos adquiridos em uma pesquisa realizada na Bahia. A partir desse momento, Agulha decidiu aprofundar-se na diversidade da cultura popular afro-brasileira, expandindo seus estudos para manifestações como samba, jongo, coco, forró, cacuriá, maculelê e puxada de rede. “Creio que sempre há mais para aprender. Digo que serei um eterno pesquisador e curioso da nossa cultura afro-brasileira”, afirma o contramestre.
Neste ano, o projeto “Capoeira e Folguedos no Ifac” tornou-se um Programa de Extensão, aprovado pelo Campus Rio Branco e pela Pró-reitoria de Extensão do Instituto Federal do Acre (Ifac), consolidando o IV Festival AfroPedagógico como uma ação alinhada aos objetivos do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi/Ifac).